Recentemente, a Secretaria de Educação do município do Conde, localizado a 180 km de Salvador, promoveu um processo eleitoral para escolha de diretores e vice-diretores das escolas da rede municipal de ensino.
Na comunidade da Vila do Conde, a chapa 1, composta pelas professoras Letícia Pinto dos Santos (candidata a diretora) e Gerina da Silva Brito (candidata a vice-diretora), foi a mais votada, recebendo 157 votos da população local.
A polêmica, segundo a professora Letícia Santos, começou após a divulgação do resultado, que foi reconhecido oficialmente pela prefeitura e pela Secretaria de Educação. Apesar disso, uma manobra administrativa teria sido articulada para impedir a posse das professoras eleitas, que são declaradamente de oposição ao atual prefeito do município, Anísio Oliveira, do partido União Brasil.
Letícia alega que, logo após o pleito, foi notificada sobre um pedido de impugnação apresentado pela chapa 2, encabeçada pela professora Maria Aparecida dos Santos, aliada política do prefeito. De acordo com a denúncia, a Secretaria de Educação, em conjunto com a chapa 2, teria alterado regras do processo eleitoral — mudanças essas que não constavam no edital original — com o objetivo de favorecer a candidata derrotada.
Ainda segundo Letícia, a comissão julgadora, supostamente inclinada a beneficiar a chapa 2, publicou um novo edital no dia 1º de abril, ou seja, após a eleição realizada em 21 de março. As alterações incluíram critérios adicionais de elegibilidade que não constavam no edital anterior, base sobre a qual a votação foi conduzida.
Diante do que consideram uma injustiça, as professoras Letícia Santos e Gerina Brito recorreram à Justiça. Elas pretendem ingressar com uma ação contra a Prefeitura do Conde e a Secretaria de Educação, exigindo que seja respeitada a lisura do processo, conforme os votos legítimos que receberam da comunidade.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação do município não quis se pronunciar sobre o caso.
0 Comentários